Exposição traz Einstein de volta ao Brasil

Albert Einstein mudou a história da física e também a imagem da ciência. Um pouco das facetas deste pesquisador, cientista, professor e divulgador da ciência estarão acessíveis ao público entre os dias 24 de setembro e 14 de dezembro no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A exposição Einstein é realizada pelo Instituto Sangari em parceria com o American Museum of Natural History de Nova Iorque e deve seguir para outras capitais no ano que vem.

Assediado pelos fotógrafos que sempre o cercavam nas ruas de Princeton (EUA), ele não titubeou: virou-se e mostrou a língua. A fotografia, tirada após um cansativo evento em homenagem aos seus 72 anos, foi rapidamente estampada nos jornais de todo o mundo transformou-se na imagem do cientista genial e louco. Mais que isso, transformou Albert Einstein em ícone pop que pode ser reconhecido tão rapidamente quanto Marilyn Monroe ou Che Guevara. Ele mudou a história da física – uma afirmação sem nenhum exagero – e também a imagem da ciência. Einstein era pesquisador, cientista, professor, divulgador da ciência (escreveu um livro explicando sua teoria da relatividade para leigos), ativista político e ainda achava tempo para responder cartas de crianças. Todas essas facetas estarão acessíveis ao público entre os dias 24 de setembro e 14 de dezembro na exposição Einstein realizada pelo Instituto Sangari em parceria com o American Museum of Natural History de Nova Iorque.

Cuidado com os buracos negros: jogo ajuda visitantes a entenderem um pouco mais esses sobrefenômenos espaciais
Foto: Divulgação

 

A exposição, que além de toda a estrutura tecnológica e interativa para tornar as informações expostas mais acessíveis e didáticas, conta com objetos pessoais e fac-símiles de documentos e cartas originais que foram doadas pelo físico à Universidade Hebraica de Jerusalém. Há também relatos sobre a passagem de Einstein pelo Brasil, em 1919, para a observação de um eclipse que comprovaria sua teoria da relatividade geral. “O texto foi sintetizado, já que a versão original era bastante prolixa e incluímos diversos detalhes relacionados ao Brasil”, explicou Marcelo Knobel, coordenador científico da exposição e professor do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A versão brasileira da exposição traz novidades, entre elas a seção átomo e outra sobre a passagem de Einstein pelo Brasil, na qual é descrita sua viagem por Sobral, no Ceará.

Para Carlos Escobar, professor do Departamento de Raios Cósmicos do Instituto de Física da Unicamp, a combinação de cientista brilhante e figura pública, aliada a um senso de justiça e ética aguçado transformou Einstein nesse ícone que conhecemos hoje. Sua imagem, afirma, também teria contribuído para a presença da ciência na mídia e por atrair jovens para a física. “Eu e diversos outros colegas fomos inspirados pelo livro A evolução da física que ele e Leopold Infeld escreveram”, conta o pesquisador que estampa em sua sala uma imagem de Einstein.

Teia de luz – espaço interativo é convite para alunos entrarem no clima da exposição
Foto: divulgação

 

Harpa de luz é instalação da artista Rejane Cantoni inspirada nas teorias de Einstein
Foto: Divulgação

 

Legado

Sem as teorias de Einstein os experimentos realizados no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) não seriam possíveis, lembra Harry Westfahl Jr, pesquisador da instituição. “Dois trabalhos apresentados em 1905 por Einstein, em especial, são fundamentais para o tipo de experimento que fazemos aqui. O trabalho sobre o efeito fotoelétrico (complementando os estudos iniciados por Max Planck) e o sobre a relatividade especial, que fala sobre a velocidade da luz”, afirma. A luz síncrotron é uma espécie de radiação magnética bastante intensa e que é produzida por elétrons dentro de um acelerador de partículas. Além das teorias citadas por Westfahl Jr, foram publicados um artigo sobre o movimento Browniano e outro sobre a equivalência entre massa e energia (conceitos considerados completamente distintos, na época), que podia ser descrita pela famosa fórmula E=mc2. Trabalhos que provocaram tamanha revolução na física em tão pouco tempo fizeram de 1905 o chamado ano Mirabilis de Einstein.

Embora fosse um dos fundadores da teoria da física quântica, que introduziu o indeterminismo inexorável à física moderna, Einstein costumava dizer que “Deus não joga dados” ao se referir à total falta de constantes defendida pelos físico quânticos (incluindo aí Niels Bohr, seu grande amigo e interlocutor constante). Ele também achava que a física quântica e a teoria da relatividade deveriam ser compatíveis de alguma maneira, porém considerar que espaço/tempo flutuam em probabiliddes seria um contrasenso e por isso previa que as teorias da física quântica seriam superadas rapidamente (coisa que até hoje não aconteceu). “Um dos objetivos da física contemporânea é tentar chegar nessa unificação das duas teorias” sintetiza Escobar. “Espero que o LHC [a sigla em inglês para Grande Colizor de Hádrons, inaugurado recentemente na Suíça] ajude a verificar, ou enterrar de vez, se as teorias atuais como a das Supercordas [que tenta calcular e descrever de objetos fundamentais extensos sem precisar passar pelo cálculo pontual, das partículas, destes objetos] estão ou não corretas. Talvez isso poderá solucionar essa charada deixada por Einstein”, finaliza o pesquisador.

Ensino e difusão

A exposição Einstein está montada no pavilhão Armando Arruda Pereira, no Parque do Ibirapuera, e conta com um programa educativo com visitas monitoradas desenvolvidas para os alunos do ensino fundamental e médio. Haverá também uma programação exclusiva voltada para os educadores levarem as questões despertadas para serem trabalhadas na sala de aula.

“O ensino de ciências deve estar no centro das estratégias de melhoria da qualidade da educação, pois o manejo do código científico é condição necessária para o desempenho produtivo dos cidadãos do próximo milênio” afirma Ben Sangari, presidente do Instituto que leva seu sobrenome. Para Marcelo Knobel “a exposição é uma maneira de apresentar a física moderna aos alunos. Hoje em dia eles continuam vendo a física newtoniana e nem têm idéia de conceitos mais recentes”. Depois de São Paulo, o legado moderno de Einstein deverá seguir para as principais capitais do país, assim como já ocorreu com as exposições realizadas pelo Instituto Sangari, Darwin e Revolução Genômica.

Futuro dos estudos clínicos com células-tronco no Brasil é avaliado

Pesquisadores avaliam que o Brasil ainda está longe de desenvolver pesquisas nessa fase com células-embrionárias e discutem como a experimentação em humanos coloca em cena os critérios que serão utilizados na seleção dos pacientes, trazendo à tona as noções de “voluntários”, “cobaias” e consentimento informado.

No início deste mês o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu um edital que disponibilizará recursos financeiros para o desenvolvimento de procedimentos terapêuticos inovadores em terapia celular, utilizando os mais diversos tipos de células-tronco – as embrionárias e as adultas derivadas da medula óssea, do cordão umbilical e de outros tecidos – com recursos, inclusive, para pesquisas na fase clínica. Pesquisadores avaliam que o Brasil ainda está longe de desenvolver pesquisas nessa fase com células-embrionárias e discutem como a experimentação em humanos coloca em cena os critérios que serão utilizados na seleção dos pacientes, trazendo à tona as noções de “voluntários”, “cobaias” e consentimento informado.

Para Lenise Garcia, do departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), embora as pesquisas com células-tronco embrionárias tenham sido aprovadas em maio deste ano por seis votos a cinco no Supremo Tribunal Federal (STF), a discussão que envolve os estudos sobre essas células ainda está aberta, não apenas no Brasil, mas em todo mundo. Para Garcia, que tem se posicionado contrária às pesquisas com células embrionárias, a utilização dos resultados desses estudos está longe de ser um consenso popular, principalmente das que derivam do embrião humano e deve ser feita com cautela.

Em sua argumentação, Garcia cita um artigo recente publicado na Medical News Today, referindo-se a estudos da Stanford University School of Medicine, que mostra novos problemas de rejeição imunitária a esses tipos de células. Também lembra que a Food and Drug Administration (FDA) recusou a injeção de células-tronco embrionárias em testes clínicos, por seu potencial de gerar câncer. “As células-tronco embrionárias têm um longo caminho de pesquisa a percorrer, antes que possam ser testadas em pacientes, se é que um dia chegarão a ser, dados os sérios problemas técnicos que apresentam”, avalia.

Para Alice Teixeira Ferreira, do Departamento de Biofísica e membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp, que desenvolve estudos pré-clínicos com células-tronco adultas (em camundongos), um dos desafios para o futuro das pesquisas é o combate à disseminação de falsas esperanças. O sensacionalismo estaria, inclusive, prejudicando o avanço dos estudos com as células-tronco de pluripotência induzida (iPS, sigla em inglês), que são consideradas equivalentes às células-tronco embrionárias, mas não requerem o uso de embriões.

Ferreira, que faz parte do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), destaca que existem no Brasil projetos de pesquisa envolvendo tratamento de doenças como diabetes tipo 1, enfarto do miocárdio, esclerose múltipla, lesão de medula espinhal, mas apenas com células-tronco adultas. “Não existe em nenhuma instituição séria tratamentos com células-tronco embrionárias humanas, devido à chance de rejeição imunológica e 50% de risco de gerar câncer de natureza embrionária, o teratoma, nos indivíduos imunossuprimidos”.

Carmem Silvia Bertuzzo, pesquisadora do Departamento de Genética da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, também ressalta que os estudos com células embrionárias ainda estão na fase inicial, à maioria na fase pré-clínica. “Para o futuro, com o acúmulo de conhecimento que está sendo gerado, será possível passar para estudos clínicos em humanos, bem controlados para testar o poder terapêutico das células-tronco. Sempre com aprovação e acompanhamento dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep)”, prevê Bertuzzo, que também é presidente do Comitê de Ética em Pesquisa da FCM da Unicamp.

Cobaias e voluntários

O apoio da família do cantor Herbert Vianna às pesquisas com células-tronco foi explicitado em diversas ocasiões. O integrante do Paralamas do Sucesso ficou paraplégico em 2001 e perdeu parte da memória quando o ultraleve que pilotava caiu no mar. Entretanto, após aprovação das pesquisas pelo STF, o pai do cantor revelou em vários programas televisivos que seu filho não participaria desta fase inicial das pesquisas, seu filho não seria “cobaia” e só faria algum tratamento quando houvesse certeza de sua eficácia. A respeito deste caso, Lenise Garcia comenta que “a ciência não avançaria se alguns pacientes não se submetessem ao risco, desde que este seja controlado e acompanhado”.

Bertuzzo, da Unicamp, considera importante diferenciar “cobaias” de “voluntários”. Para ela, como no Brasil, através do sistema CEP/Conep, todos os projetos de pesquisa envolvendo os seres humanos necessitam ser avaliados e aprovados para poderem ser realizados: “não temos a utilização de cobaias, mas sim, quando houver todo um embasamento anterior e aprovação em todas as instâncias, voluntários de pesquisa, que após todos os esclarecimentos a respeito de riscos e benefícios podem ou não querer fazer parte de um estudo”.

Critérios “técnicos”

Segundo Carmen Bertuzzo, a seleção para voluntários em projetos de pesquisa, de uma maneira geral, é feita mediante critérios clínicos de inclusão e exclusão. “Os critérios são individualizados por projeto e dependem do tipo de doença que vai ser estudada. Normalmente os critérios são: o tipo de doença, a gravidade, existência de co-morbidades etc”. De acordo com a pesquisadora da Unicamp, em nenhum estudo já feito sobre células-tronco são usados critérios como grau de escolaridade ou renda. “Utilizar esses critérios não seria ético. A preocupação é que não haja discriminação de nenhum grupo específico (etnia, escolaridade, renda, etc). É importante mencionar que toda pesquisa pode trazer benefícios, mas certamente tem riscos também e, portanto, eles devem ser distribuídos igualmente na sociedade”, argumenta.

Para Lenise Garcia, os critérios para a escolha dos pacientes são “exclusivamente técnicos” e exemplifica com um processo de inscrição de pacientes com fenda palatina, para um possível grupo de estudo clínico com células-tronco adultas. No caso células-tronco embrionárias a pesquisadora da UnB destaca ser necessário um especial cuidado, “para que pacientes pouco instruídos não facilitem uma autorização pouco informada, especialmente porque há uma grande ilusão em relação ao verdadeiro potencial da terapia celular”.

Leia mais:

Revista ComCiencia – Dossiê Células-tronco

Exploração de trabalho clandestino no Brasil necessita de atenção

Uma pesquisa realizada na Faculdade de Direito da USP, focalizou a situação de trabalhadores irregulares no Brasil que atuam em confecções em São Paulo. De acordo com a pesquisadora Denise Novais, o poder público pode e deve fazer mais para mudar essa situção, que em muitos casos é análoga a do trabalho escravo.

Trabalhadores que estão em situação irregular no Brasil são explorados em confecções, principalmente na cidade de São Paulo, mas não recorrem à justiça, pois temem a deportação. Para a advogada e pesquisadora Denise Pasello Valente Novais, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), essa situação precisa mudar. De acordo com Novais, que defendeu recentemente uma tese de doutorado sobre o tema, estão hoje em São Paulo entre 120 e 160 mil bolivianos. Para compreender as condições desses migrantes, que não estão todos na mesma situação, a pesquisadora fez um mapeamento das suas rotas desde a Bolívia até a cidade.

“Há registros de paraguaios, peruanos, equatorianos e até brasileiros trabalhando em condições análogas à de escravo em confecções de São Paulo. Mas a imensa maioria é de bolivianos”, conta Novais. Como a exploração do trabalho dos bolivianos está em grande medida relacionado ao tráfico de pessoas, a pesquisadora defende a importância de ações previstas no Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que tem por objetivo prevenir e reprimir tal conduta e responsabilizar seus autores, garantindo atenção às vítimas, nos termos da legislação em vigor e dos instrumentos internacionais de direitos humanos.

Mas para isso, Novais afirma a necessidade de melhorar a legislação, criminalizando esse tipo de exploração do trabalho, e fiscalizando as confecções. “O poder público pode e deve fazer mais”, diz ela. A pesquisadora também destaca que o problema é muito complexo e as soluções devem ser refletidas por diversas instâncias. “Como atuo na área jurídica, especificamente no campo do Direito do Trabalho, minha análise incidiu sobre o papel da legislação nesse contexto, em especial sobre os direitos que qualquer trabalhador deve ter garantido, ainda que esse trabalhador seja um migrante em situação irregular”. No entanto, para a ela é evidente que as políticas públicas de apoio à vítima, como as relacionadas com saúde e educação, por exemplo, têm de ser pensadas com maior interesse.

No imaginário popular da Bolívia, o trabalho no Brasil tem caráter idílico e se mantém assim apesar das denúncias de trabalho em condições degradantes e das deportações. Segundo ela, isso se deve, em parte, à perversa lógica da miséria, já que, mesmo estando em uma situação ruim no Brasil, muitas vezes o contexto era ainda pior em seu país de origem. “É importante acrescentar ainda um dado que me foi trazido por um migrante boliviano, vítima do tráfico: os migrantes submetidos à exploração do trabalho jamais lhe disseram a verdadeira situação vivida por eles no Brasil, por uma questão de amor próprio”, completa.

Uma das questões que podem prejudicar a forma como o público e as autoridades brasileiras encaram os problemas desse grupo é atuação de alguns imigrantes bolivianos no tráfico de drogas e a forma como eventuais prisões repercutem na imprensa. “Se a mídia enfatizar somente esse aspecto, acredito que a opinião pública possa ser contaminada com o vírus da xenofobia”. Para Novais, decorre daí a importância de evidenciar que recebemos diferentes tipos de migrantes bolivianos, enquanto alguns atuam em atividades ilícitas, outros são trabalhadores explorados por uma cadeia produtiva que visa apenas lucrar com a exploração da mão-de-obra barata.

“Cabe aos órgãos formadores de opinião mostrar à sociedade brasileira que os trabalhadores bolivianos submetidos ao trabalho em condição análoga à de escravo são vítimas, e como tal devem ser tratados. O tráfico de drogas pode estar relacionado ao tráfico de pessoas, mas é importante que se tome consciência das peculiaridades de cada uma das situações, para tratar de forma adequada as verdadeiras vítimas, que merecem proteção, e não repressão”, argumenta a pesquisadora.

Relatório da ONU

A ONU lançou na segunda semana de setembro, por meio de três entidades (Cepal, PNUD e OIT), o relatório intitulado “Emprego, desenvolvimento humano e trabalho decente: a experiência brasileira recente”. Segundo o documento, o mercado de trabalho no país, entre 1990 e 2006, teve como marcas a heterogeneidade e um elevado déficit de trabalho decente. Ao todo, foram avaliados 28 indicadores de trabalho decente, relacionados a emprego, proteção social, direitos no trabalho e diálogo social.

A lista de problemas é extensa: elevadas taxas de desemprego e informalidade que resultam em baixo grau de proteção social e inserção inadequada dos trabalhadores; expressiva parcela de mão-de-obra sujeita aos baixos níveis de rendimento e produtividade; alta rotatividade no emprego; alto grau de desigualdade entre grupos, refletindo um nível significativo de discriminação, sobretudo em relação às mulheres e aos negros; qualidade insuficiente das ocupações; condições inapropriadas de trabalho.

Apesar de ter havido melhorias em alguns quesitos, em parte pela atuação da Comissão Pastoral da Terra, dos sindicatos rurais, do Grupo Especial de Fiscalização Móvel e do Cadastro de Empregadores, permanecem graves violações a direitos fundamentais, como o trabalho infantil e o trabalho forçado – escravidão, servidão por dívida ou condição servil.

Conforme definido no Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (Protocolo de Palermo), “práticas similares à escravatura” devem ser entendidas como equivalente à conduta punida pelo artigo 149 do Código Penal. O artigo afirma que “reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”. A pena é de 2 a 8 anos de reclusão e multa.

Para saber mais leia:

Bolivianos irregulares explorados em confecções não acessam direitos (Agencia de Notícias da USP)