Pan impulsiona debate sobre violência no esporte

Os jogos Pan-Americanos despertam também a atenção de cientistas, que analisam a segurança esportiva, importância social dos jogos e violência no esporte. Essas e outras questões foram debatidas no encontro “Jogos Pan-americanos 2007 em Debate”.

Os jogos Pan-Americanos 2007, que acontecem em julho no Rio de Janeiro, são destaque na grande mídia brasileira. Afinal, desde 1963 que um dos eventos mais importantes do esporte não acontece no país. Além de altíssimos investimentos públicos, patrocínios milionários e grande expectativa de torcedores e atletas, o Pan desperta também a atenção de cientistas, que analisam a segurança esportiva, importância social dos jogos e violência no esporte. Essas e outras questões foram debatidas no encontro “Jogos Pan-americanos 2007 em Debate”, organizado pelo Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte.

Para adequar a cidade às necessidades do evento, o governo federal investiu dois bilhões de reais para receber mais de cinco mil atletas de 42 países. A segurança urbana e dos espaços das competições está sob total responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública. Foram criados o Centro de Inteligência dos Jogos, ação conjunta dos policiais e monitoramento com 600 câmeras, e o Programa de Segurança Cidadã, onde jovens carentes farão a integração entre turistas e sociedade, como guias cívicos. As preocupações maiores são com o crime organizado, narcotráfico e confronto com policiais.

Entre os cientistas, o que mais tem despertado reflexões a partir da realização do Pan-Americano no Brasil, é justamente a violência no esporte. “Não consigo visualizar política pública na preparação e segurança do Pan. Muito dinheiro tem sido gasto de maneira questionável, pois não há ligação entre o esporte espetáculo – que é o que veremos – e a formação dos direitos do cidadão, explícitos no Estatuto Torcedor. A violência que acontece no esporte não está combatida de maneira segura neste evento”, alerta Heloísa Reis, pesquisadora da Unicamp e doutora em Direito de Segurança Social.

Segundo Reis, as raízes da violência esportiva ultrapassam o mero espírito competitivo do atleta e dos torcedores, pois está inserida no contexto social e no processo de mercantilização esportivo: “A violência tem início a partir da idéia equívoca de que o esporte é um espaço de legitimação da masculinidade. Além disso, não podemos esquecer de fatores como a questão econômica e social, além da corrupção nos clubes, impunidade em relação aos que praticam atos violentos e desigualdade social”. A pesquisadora cita, como marco de violência no esporte, o episódio do Estádio do Pacaembu, em 1995, com uma morte e mais de cem feridos na batalha entre torcedores dos times Palmeiras e São Paulo, que disputavam a extinta Supercopa de Futebol Júnior.

De acordo com Jocimar Daolio, pesquisador da Unicamp, em seu livro Futebol, Cultura e Sociedade, a violência sempre caminhou junto ao esporte, principalmente o futebol, tendo como atores os atletas e torcedores: “A torcida organizada surgiu nos anos 60 e tem sido responsabilizada pela crescente rivalidade entre os clubes. Essa corrente nega a riqueza simbólica do futebol. Existem comportamentos pontuais errados de alguns indivíduos, como em qualquer outra esfera social. As generalizações configuram uma visão preconceituosa e elitista do fenômeno esportivo”, alerta Daolio.

A violência no esporte não preocupa apenas cientistas e políticos brasileiros. Na Europa, ela está ligada ao racismo e à xenofobia. Por conta disso, vários países, como a Espanha, passaram a adotar a lei de proteção da violência, o que tem melhorado gradativamente os índices nos espaços desportivos e projetado o esporte como função social. No Brasil, uma política pública de prevenção da violência no esporte começou a ser articulada em 2003. “Essas diretrizes ainda estão em construção, mas ainda há muito o que fazer: falta política de esporte efetiva, infra-estrutura de equipamentos esportivos, os eventos são mal administrados. Sem falar na banalização de violência pela mídia, com notícias sensacionalistas. Os jornais dão pouca atenção às conclusões dos fatos, como punições aplicadas, o que poderia ajudar a combater o problema”, afirma Heloísa Reis.

Embora várias discussões tenham vindo à tona com o Pan 2007, raros são os momentos de debate científico, segundo especialistas. “Faltam congressos científicos para debater o Pan, o que frustra a comunidade acadêmica, que não tem espaço para apresentar seus trabalhos”, afirma Laércio Pereira, representante da IASI – International Association for Sport Information. Para o diretor da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Paulo César Montagner é fundamental que se consiga, a partir do conhecimento acadêmico, multiplicar as informações e fazer com que as questões possam ser amplamente debatidas. “Todos sabem do crescimento do esporte no país e no mundo, os indicadores de PIB são impressionantes. Indústrias mais tradicionais cresceram numa velocidade muito grande e o esporte, em algumas comparações, cresceu 14 vezes mais. Isso já é significativo para que se possa fazer uma discussão com olhar crítico”, explica o pesquisador.

Uma das oportunidades para debater a ciência e a tecnologia no desporto nos Jogos Pan-americanos, ocorreu com o Congresso Pan-Americano de Treinamento Esportivo. O evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, entre 21 e 23 de junho, voltou-se para pesquisadores, estudantes e interessados em esporte de alto rendimento. A iniciativa é da Rede Cenesp (Centros de Excelência Esportiva), um projeto do Ministério do Esporte. O congresso abordou temas como treinamento, análise quantitativa e qualitativa do movimento, prevenção de lesões, preparação psicológica e nutrição aplicada. A proposta foi apresentar o que há de mais moderno em treinamento desportivo no mundo.

Raça, racismo e genética: novos parâmetros, velhas práticas políticas?

Análises feitas sobre a ancestralidade do povo brasileiro, pelo geneticista Sérgio Pena, afirmam que do ponto de vista biológico, raça não existe. Entretanto, não há consenso de que as ciências biológicas possam trazer contribuições para um debate sobre a questão racial no Brasil, além da possibilidade de recolocarem o determinismo biológico em novos parâmetros: o genético.

Negar a existência de “raça”, no Brasil, não implica em dizer que racismo não existe. Essa afirmação ganhou destaque na mídia escrita e televisiva com apresentação das análises feitas sobre a ancestralidade do povo brasileiro pelo geneticista Sérgio Pena, professor titular de bioquímica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor do laboratório Gene – Núcleo de Genética Médica. Para ele, do ponto de vista biológico, raça não existe, ou seja, as categorias raciais humanas são construções sociais. Entretanto, não há consenso de que as ciências biológicas possam trazer contribuições para um debate amplo sobre a questão racial no Brasil, além da possibilidade de recolocarem o determinismo biológico em novos parâmetros: o genético. Pesquisadores argumentam que se a noção de raça pode ser pensada como uma construção social é porque raça e racismo existem, ou seja, o conceito de raça é usado no dia-a-dia para classificar socialmente as pessoas a partir da cor da pele, da textura do cabelo e do formato do nariz, por exemplo.

Utilizando ferramentas da genética molecular, Sérgio Pena e colaboradores, mapearam as linhagens paternas, pelo cromossomo sexual Y, e maternas, pelo DNA mitocondrial, de uma amostra de brasileiros autodenominados brancos de várias regiões do país. Nesse teste estimou-se as porcentagens de genes europeus, africanos e ameríndios (indígena) dos indivíduos. As estimativas são baseadas na análise de determinadas regiões do genoma escolhidas por revelarem traços que distinguem genes associados à cada região geográfica, representando uma média do código genético de uma pessoa.

Segundo Ana Maria Galdini Raimundo Oda, professora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, as pesquisas mostraram que a maioria das linhagens paternas era européia (90%), enquanto a maior parte das maternas (60%), era ameríndia ou africana. Isto significa que muitas das pessoas que se consideram brancas de origem européia são, na verdade, mestiços.

Para a professora de História da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Adriana Pereira Campos, é importante a contribuição da genética para a discussão sobre raça, pois desmistifica não somente a posição racista, como também a racialista. “Afinal, defendemos ou não que raça não existe?”, questiona, e continua, “agradou-me muito saber que a cor da pele nada serve para definir a herança genética de alguém. Isso acaba com o mito da cor ou da raça”, enfatiza.

Velhas práticas políticas

Na opinião de Lúcia Xavier, coordenadora da Organização não Governamental Criola, afirmar que raça não existe é a mesma coisa que dizer que pobreza não existe. “Eu posso dizer que na favela, onde há uma casa com geladeira, televisão, ar condicionado e telefone, é uma casa de classe média. Na verdade, morar na favela, sem esgotamento sanitário, onde as pessoas têm baixa escolaridade e a maioria é negra, não serve como parâmetro para este novo argumento”. Ela questiona a genética ao definir os parâmetros para que determinado grupo social tenha direitos, lembrando que o racismo foi legitimado pela ciência durante a época da escravidão. A teoria científica do racismo ficou conhecida por afirmar que existiam raças inferiores não capazes do desenvolvimento intelectual. Tais raças estariam naturalmente destinadas ao trabalho manual, pois não conseguiam compreender as idéias complexas e avançadas. “Será ele de novo científico, quer dizer, a ciência vai prestar de novo esse papel? O que vale é a genética?”, questiona. Na opinião dela, os argumentos são novos, mas a ação política é antiga. “A genética não determina a prática política, que é feita nas relações sociais”, afirma.

Xavier, da Criola, ainda destaca que a questão colocada pela genética pouco contribui para a formação da consciência crítica da sociedade em um Estado democrático de direito. “As pessoas querem ainda ter a possibilidade de usar a metáfora do: ‘sabem com quem você está falando?’. Elas querem ser cidadãos através dos privilégios e não dos direitos, terem um tipo de conduta política que coloque para elas, o privilégio de poderem ter essas condições para seu próprio beneficio”. Nesse ponto a pesquisadora da Ufes, Adriana Campos, concorda com Xavier: “Tenho dúvidas que as pessoas estejam dispostas a abrir mão de posições consolidadas a respeito do conceito de raça, seja biológico, seja social, em favor de opiniões mais democráticas”.

Na opinião de Ana Maria Oda, pesquisadora da Unicamp, é pouco provável que a constatação do predomínio ameríndio e africano na ascendência materna dos “brancos” possa mudar a auto-imagem dos brasileiros e, ainda menos, evitar preconceitos e atitudes racistas. “Claro que esta é uma constatação empírica válida e que pode ser usada como argumento na defesa da igualdade humana, da mesma forma que se fez uso da defesa da teoria científica do monogenismo, isto é, a ancestralidade comum da espécie humana, hoje inquestionável, no passado. Mas não pode ser o argumento principal, pois a igualdade humana não se assenta em princípios biológicos, mas éticos, e nunca é demais repetir isso” conclui.

A questão da raça na mídia

Recentemente a mídia publicou diversas matérias sobre as pesquisas envolvendo resultados sobre a ancestralidade humana. A revista Veja, por exemplo, da Editora Abril (edição 2011), estampou em sua capa o caso dos irmãos Alan e Alex, de Brasília, gêmeos idênticos, classificados como sendo de raças diferentes pela Universidade de Brasília, quando concorriam ao sistema de cotas para negros nos cursos de graduação. “Um absurdo”, segundo a revista.

De acordo com Álvaro Pereira do Nascimento, professor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), boa parte da grande imprensa tem procurado criar uma relação simplista entre raça e racismo, mas o quadro é mais complexo. “Se não há raças, então, como explicar o racismo?”, questiona o pesquisador. Aí vem o grande nó da questão. Segundo ele, são as construções sociais de raça que ajudam a determinar as relações sociais . “O resultado do racismo pode ser visto na cor predominante entre os funcionários dos melhores cargos das empresas. Vejo poucas matérias mostrando brancos famosos que têm um antepassado africano, pois preferem o indígena”, explica Nascimento.

A pesquisadora da Unicamp espera que estes conhecimentos científicos sejam apropriados pela sociedade de forma crítica, ou seja, devem circular como é a característica de uma democracia. “De forma geral, é preciso ter consciência não só das fascinantes possibilidades oferecidas pelos estudos da genética, mas também de suas limitações, dos significados específicos de seus achados, evitando-se reducionismos e usos indevidos destes resultados nos debates sobre questões sociais”, conclui Oda.

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O resultado econômico e ambiental de armazenar CO2 em reservatórios de petróleo

O chamado “seqüestro geológico de carbono” foi o tema da tese de doutorado da engenheira química Ana Teresa Gaspar Ravagnani, na Unicamp, que fez uma análise da viabilidade técnica e econômica da injeção de carbono em campos de petróleo, com o objetivo de calcular tanto os resultados financeiros como os ambientais.

O chamado seqüestro geológico de carbono, que “enterra” CO2 em reservatórios de petróleo para que o gás não contribua com o aquecimento global, foi o tema da tese de doutorado da engenheira química Ana Teresa Gaspar Ravagnani, desenvolvida no curso de pós-graduação em Ciências e Engenharia do Petróleo e apoiado pelo Centro de Estudos de Petróleo, ambos da Unicamp. Ela fez uma análise da viabilidade técnica e econômica da injeção de carbono em campos petrolíferos, com o objetivo de calcular tanto os resultados financeiros como os ambientais. A tese levou em consideração a injeção de gás em um campo representativo do Recôncavo Baiano e foi orientada pelo geólogo Saul Suslick, do Instituto de Geociências da Unicamp.

Injetar dióxido de carbono (CO2) em reservatórios com produção em declínio é uma técnica utilizada há 40 anos pela indústria do petróleo. A novidade é que hoje ela está sendo aperfeiçoada para que o CO2 que retorna à superfície com o óleo recuperado seja reinjetado, para que boa parte dele não retorne mais à atmosfera. Uma vez “enterrado”, o CO2 não contribui para o aumento do efeito estufa, um dos causadores do aquecimento global.

Além de determinar os principais custos da injeção de CO2, o trabalho de Ravagnani envolveu a elaboração de um modelo computacional de simulação dinâmica que reproduz o comportamento do sistema ao longo dos anos. Entre as variáveis, foi incluído um fator novo, a geração de créditos de carbono. Ao retirar CO2 da atmosfera, as empresas brasileiras – que não têm obrigações de reduzir suas emissões, segundo o Protocolo de Kyoto – poderiam vender esses “créditos de carbono” a empresas de países desenvolvidos. Estas, por sua vez, poderiam continuar com suas emissões, investindo em fontes limpas de energia em países em desenvolvimento.

Ravagnani acredita que, associada à recuperação de óleo residual, a injeção de carbono poderá promover a reativação de campos que já passaram pelos processos convencionais de produção, e com isso, viria o renascimento econômico em regiões como a Província Petrolífera do Recôncavo Baiano. O dióxido de carbono não é usado na fase inicial de produção de um campo, mas só na chamada terceira fase de produção. O seqüestro de carbono pode ser um incentivo para que campos que ainda possuem óleo, mas que já foram abandonados por não apresentarem mais viabilidade econômica, sejam reativados.

Com o avanço da produção, a pressão de um poço vai caindo. Quando ela atinge um certo nível, torna-se desinteressante economicamente continuar produzindo pelo método natural. Começa, então, a fase de recuperação secundária, na qual é injetada água para pressionar o óleo a subir. A injeção de água também tem o seu limite, e quando ele é atingido, é hora da fase suplementar: processos químicos, térmicos ou injeção de fluidos ou gases. Nessa fase entra o CO2 como uma das técnicas mais utilizadas.

Subproduto de inúmeros processos que vão desde a respiração celular até a queima de combustíveis, o CO2 é um dos gases causadores de efeito estufa. Isso quer dizer que o dióxido de carbono colabora para que os raios infravermelhos do sol fiquem retidos na atmosfera, aumentando, assim, a temperatura média do planeta.

A presença desse gás na atmosfera tem crescido exponencialmente desde a Revolução Industrial. Na era pré-industrial, a concentração de CO2 na atmosfera era de 280 ppm (partes por milhão). Menos de um século e meio depois, pairam hoje em nosso ar mais de 370 ppm de CO2, um número que vem aumentando à taxa de 0,4% ao ano desde 1980. Os combustíveis fósseis – em sua grande maioria derivados do petróleo – são os principais responsáveis por esse aumento e correspondem a aproximadamente 80% da oferta global de energia primária.

“A indústria do petróleo, conhecida por contribuir para o aumento do efeito estufa, tem o seqüestro geológico como uma importante ferramenta para reduzir a emissão de CO2”, analisa Ravagnani. Estima-se que cada barril de óleo extraído produza o equivalente a 436 quilos de CO2. Segundo os cálculos da pesquisadora, a injeção de dióxido de carbono em um pequeno campo hipotético da Bacia do Recôncavo, ao longo de 20 anos, produziria 3,65 milhões de barris de petróleo e ainda reduziria 37% da concentração desse gás na atmosfera. Essa porcentagem considera também as emissões adicionais de CO2 inerentes ao processo desde a etapa da captura até o consumo final dos derivados do petróleo. “É importante notar que nem todo CO2 fica armazenado. Parte dele volta à superfície, onde é separado do óleo e novamente injetado”, explica. Praticamente metade do gás utilizado retorna à tona com o óleo.

E os custos para promover o seqüestro de carbono durante a operação de recuperação de óleo compensam? É para essa questão que o trabalho da engenheira química tenta servir de base. São vários fatores a serem analisados, como a profundidade em que o reservatório se encontra, o tipo de óleo e seu valor de mercado, só para citar alguns. A pesquisadora acredita que o maior obstáculo para um uso mais amplo dessa técnica, o alto custo, pode ser reduzido aos poucos através de novas tecnologias e de incentivos para a redução de emissão de carbono, entre eles os créditos vendidos a empresas de países industrializados.

Os custos da injeção do CO2 se dividem nas quatro estapas necessárias para a sua utilização: separação (quando o gás é isolado), compressão, transporte e injeção. Geralmente, os custos maiores estão na separação, cujos gastos dependem da concentração de CO2 no composto de onde se tira o gás. A compressão e o transporte dependem de eletricidade, e este último tem o custo relacionado diretamente à distância até o campo de petróleo. A injeção costuma ser a etapa de menor custo.

Mesmo sem os incentivos de créditos de carbono, existem campos em fase madura, como os do Recôncavo Baiano, em que uma operação economicamente viável pode ser associada à redução de dióxido de carbono, unindo, desse modo, as faces financeira e ambiental de uma indústria que está entre os maiores responsáveis mundiais pela emissão de CO2. Utilizar reservatórios maduros como sepulturas de dióxido de carbono, seria uma redenção parcial do setor de petróleo e ajudaria o nosso planeta a ficar um pouco menos quente.